O sentido da palavra
Nulla die sine linea
Textos
Ao meu inesquecível amor!

Minha inesquecível amada,
Já se vão mais de trinta anos que não te vejo.
Minto! Pois em meus sonhos vejo-te todos os dias
Como tu eras quando inocentemente nos amamos.
Conservas em meus delírios oníricos o frescor
pueril das noites juninas
Teu olhar terno e sensual me acompanha em cada minuto
Dando-me forças para continuar nesta árdua jornada
Que é a vida sem ti.
O tempo congelou minhas lembranças
E a saudade me protege da dor da solidão.
Pensei que pudéssemos ter outra chance
Nesta existência
Achei que o destino cruel mais uma vez nos uniria
Mas, confesso, fui covarde ou, talvez, orgulhoso
E não te procurei em tempo hábil
E a vida nos levou por caudalosos
E diferentes caminhos.
Hoje as reminiscências me ardem os olhos e lágrimas vertidas
Por um amor impossível caem e fluem por meu úmido rosto.
Oh! As dores de amores da juventude...
Ah! O tempo, eterno vilão dos que amam na distância...
Não, não quero mais te ver, meu amor
Não poderei mais  amar  a quem já não é aquela que amei
Nem poderás encontrar em mim rastros daquele que fui
E o destino, gargalhando em ânsias
Recolherá os louros da vitória
Da peça de amor e dor que nos pregou.

Edmar Claudio
Enviado por Edmar Claudio em 09/07/2006
Alterado em 09/07/2006
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