Por quê me deste tão docemente E despretensiosamente A flor dos teus inocentes anos? O que havia em minha magia Que te fez um dia Apaixonar-se por mim? Olhos pedintes de cão vadio A suplicar pelo teu cio. Narinas ansiosas pelo odor do teu desejo. Coração escancarado. A pele exposta para te cobrir Em agasalho de afetos. Loucos, desvairados Absorvemos toda esta intensa insanidade... Grudávamos nossos corpos em gosmenta cola De tépidas e deliciosas secreções E em espasmos tsunâmicos Nos possuíamos em frenéticos orgasmos E dormíamos, então, em sensual amplexo. Eu te perseguia qual um leão faminto à lépida gazela. E tu fingias fugir para assim excitar-me. Gastamos e esbanjamos toda a volúpia De uma insana paixão. Demo-nos um inesquecível tesouro, Um longo abraço, um beijo Demo-nos adeus...e só!