Quanta beleza a natureza te deu Quão graciosa a liberdade te fez Voas por entre as perfumadas flores Bailas no ar em alegres volteios. Tens a amplidão dos campos infindos Por companhia nos teus passeios Mágicas cores refletem as asas Iridescentes raios de luz A pulular pelos belos jardins E coletar seu néctar doce Nem desconfias que polinizas Pudicas flores que te ofertam Pudendas partes qual um festim. Tão delicada e frágil figura Não sabe que um dia foi outro ser Nem advinha seu triste passado Feia lagarta não tinha que ver! Se contorcia e destruia Todas as folhas dos vegetais A consumir em ânsia e agonia Tudo que a flora podia prover. Assim portanto são as pessoas Pois aos seres iguais elas são. Grotescas larvas se receberem Uma luz de ajuda na escuridão Em belos entes talvez se formem E em borboletas se tornarão!