Tua voz ecoa qual um calafrio Em meu saudoso e fugaz pensamento Lembra um plácido e cristalino rio Sob as sombras pálidas do esquecimento
Flui como uma lépida dançarina A bailar entre esvoaçantes véus Tua voz é borboleta bailarina Que eleva meus sentidos aos céus
As névoas desse tempo imperdoável Dão-me o silêncio da surdez por testamento Soa em meu sonho um gorgeio interminável Do ser que me domina o sentimento E essa voz cálida mais que agradável Dissipa em mim, por fim, qualquer tormento.