A tarde espreme seu lenço cinza e chora plenamente. O frio pranto escorre pelas ruas descalças E desenha sinuosos sulcos no arenoso leito Das úmidas lembranças de minha infância. Sons de canhões ribombeiam nos confins celestes Sucedendo espásticos e tétricos fulgores elétricos no ar. A ventania corta o tempo e recorta a trêmula paisagem. A vida pára... A alma gela... Na chuva somos todos filósofos e poetas!