PERDIDO
Sentado em uma cadeira
De balanço, de palhinha
Vejo a vida estacionar
Procurando o que fazer
Minha casa é dela e minha
Nesta terça à tardinha
Logo depois do café
Sinto a vontade chegar
Observo quando ela vem
Tão rápido! Já se vai
Não deixou aqui ninguém
Nem sequer esperou
Pelo que já se perdeu
É a vontade de se ter
Um segundo de prazer
Uma serena instância
Que me dera a agonia
De só ter uma esperança
A alternância de um dia
Perdido em minhas lembranças.