Signos
De que vale viver
A vida toda fluida
Qual um derrame
De sangue translúcido
Atravessando as ruelas
Numa cidadezinha pobre.
Qual a vivência
De se valer por todos
Quando não restar mais algum
Ou dois, ou três, sei lá
Estampadas no manto
Da tarde tristonha
As estrelas piscam
Qual lâmpadas de gelo
Perdidas em trânsito
Estonteadas por nada
Bêbadas de puro idílio
Em etílicos suores de amanhã.